O ex-presidente Jair Bolsonaro prestou depoimento nesta terça-feira (10) ao Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da ação penal sobre a tentativa de golpe de Estado que teria ocorrido após as eleições de 2022. Durante o interrogatório conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, Bolsonaro negou qualquer envolvimento na trama golpista e afirmou que os atos de 8 de janeiro de 2023 não configuram um golpe de Estado.
Defesa de Bolsonaro
Bolsonaro classificou os envolvidos nos atos de 8 de janeiro como “loucos” e afirmou que não houve qualquer tentativa de golpe de Estado. Ele também negou ter participado da elaboração de uma minuta que sugeria a decretação de estado de sítio e a prisão de ministros do STF, documento que teria sido encontrado em posse de aliados próximos.
Acusações e provas
A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa Bolsonaro de liderar uma organização criminosa com o objetivo de reverter o resultado das eleições de 2022 e impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As acusações são baseadas em depoimentos de colaboradores, como o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que afirmou ter recebido orientações para pressionar ministros do STF e questionar a lisura das urnas eletrônicas.
Expectativas
O depoimento de Bolsonaro é um dos últimos passos antes da conclusão do processo. Especialistas aguardam que o julgamento traga esclarecimentos sobre os limites da atuação de ex-presidentes e a responsabilidade por atos que possam ameaçar a democracia. A sentença final do STF deve ocorrer nos próximos meses.
O caso tem repercutido internacionalmente, com veículos de imprensa destacando a gravidade das acusações e o impacto potencial na estabilidade política do Brasil.
